Novos materiais na área das experiências
Fica aqui o resumo da investigação:
RESUMO
Este estudo decorreu durante o ano lectivo 2005/2006 nos jardins-de-infância da Região Autónoma dos Açores, iniciando-se através da aplicação de um inquérito sob a forma de questionário, de administração postal, a todos os educadores em exercício de funções nos jardins, tendo resultado numa amostra de 346 educadores (75% do total), oriundos de todas as ilhas. O principal objectivo do estudo foi detectar quais os conhecimentos ambientais que os educadores, enquanto construtores do currículo, transmitem às crianças açorianas, tendo sido pesquisadas sete temáticas ambientais: 1. Mar e Recursos Hídricos, 2. Vulcanologia e Sismologia nas Ilhas, 3. Desequilíbrios Provocados pela Acção Humana, 4. Preservação do Ambiente, 5. Observação e Registo de Fenómenos Naturais, 6. Fauna e Flora Regional e 7. História, Património e Manifestações Culturais, organizadas em 53 itens. Em simultâneo, também foram averiguadas as necessidades sentidas pelos educadores em cada uma das temáticas e inventariados os tipos de recursos mais desejados por estes profissionais, no sentido de documentar e obter informação que possa vir a proporcionar um melhor apoio à prática de educação ambiental no contexto escolar. Numa primeira análise, verificou-se que a grande maioria das crianças açorianas estarão a receber informação de temas generalistas, cerca de um terço dos itens propostos no questionário, sobretudo ligados às temáticas 5 e 3. De entre as outras temáticas, destaca-se a segunda, por suscitar o interesse por grande número de profissionais, embora não a sua prática, e a sétima, que inclui o maior número de itens considerados desadequados ao contexto do jardim-de-infância. No sentido de complementar a investigação, foram recolhidos novos dados, sob a forma de um questionário on-line, procurando aceder às representações dos argumentos invocados pelos profissionais para não incluir determinados temas na sua prática. As respostas (44 educadores, seis ilhas) dão pistas que facilitam a interpretação dos dados previamente obtidos; assim, cerca de um quinto dos educadores invoca a falta de informação para não abordar temas que considera interessantes, enquanto cerca de um terço advoga que a faixa etária das crianças não permite o trabalho desses aspectos. Os recursos indicados como mais pertinentes foram acções de formação para os educadores e materiais audiovisuais (CD’s e DVD’s) para as crianças. A idade dos educadores parece ser uma das melhores variáveis explicadoras das práticas observadas nos jardins. Os educadores de infância, como geradores de estratégias que permitam materializar os princípios da sustentabilidade, deverão procurar oferecer experiências educativas marcantes e transformadoras, alicerces para a mudança necessária no mundo actual.
O surgimento de dúvidas é um processo sempre constante. Surgiram novas formas de exploração das inquietações produzidas das actividades anteriores:
- realização e visionamento do jogo (em computador) “Ilha de Jesus” (Objectivo: como nasce uma ilha)
- procura na biblioteca escolar de livros sobre vulcões (início do Projecto “Os vulcões”).
O desenvolvimento da capacidade de recolha e observação foi um dos aspectos privilegiados nesta fase.
Caso esteja interessado(a) ser-lhe-á enviado um certificado de participação desta investigação. Para tal, preencha o cupão que está no questionário.
Na sala, apresentei-lhes alguns dos materiais que encontramos depositados na ribeira como papéis, restos de comida, metais, mangueiras de água,… de foram que, cada criança escolheu um “tipo de lixo” e colocou-o dentro do seu frasco. A última tarefa foi, cada um construir uma etiqueta, para cada frasco, com o desenho do material que estava lá dentro e, com o nome da criança responsável.
Com muito cuidado, depois colocamos os frascos na janela, (essa foi intenção minha, de forma a que pudessem receber luz solar) e aguardamos, aguardamos, aguardamos pelo menos um mês
"A folha está a desaparecer."
"A mangueira(pedaço de borracha), não está a desaparecer."
"A peça (metal) não está a desaparecer e está no fundo.”
"Os papéis (jornal) estão no fundo e, só tem um em cima"
"O papel da pastilha elástica não está a desaparecer e está em cima"
"Os paus (caules de arbustos) estão a começar a ir para o fundo e não estão a desaparecer"
"O saco de batatas (embalagem metalizada) não está a desaparecer."
"A maçã (caroço da maçã) está a ficar preta; está em cima e tá a começar a ficar podre porque agora é preto e antes era amarelo e vermelho."
Aguardamos novamente mais algum tempo - até ao final do ano lectivo - e então fomos para o pátio da escola despejar os frascos para ver o que aconteceu aos diferentes materiais pois, a água já estava muito turva e não conseguiamos ver.
A única coisa que não encontramos foi o papel do jornal. Todas as outras coisas, continuavam lá.
Apartir desta observação, chegamos a seguinte conclusão sobre o lixo que permanece na ribeira:
"Não desaparecem, nunca desaparecem!"
"Fica entupido porque tem porcariase entopem porque não desapaecem."
"Não colocar isso na água para não haver lixo"
Que melhor experiência do que esta para demonstrar o perigo dos lixos abandonados?